segunda-feira, 13 de abril de 2009

Benfica - Académica

Para voltar às análises desportivas nada melhor que o jogo decepcionante por parte do "nosso" Benfica. Não pretendo "bater" em ninguém, mas para quem esteve no estádio, só pode ter saído com um amargo nada boca. Não há dúvida que esta nova "profissão" de comentador é muito fácil e como é referido no filme "Ratatouille" - "Não somos nós que nos esforçamos para sermos avaliados", assim sendo, vou tentar fazer uma análise pragmática e fria, respeitando sempre aqueles que desempenharam o seu trabalho e não pondo em causa o seu profissionalismo.

Penso que o jogo foi devido em dois processos: 1º tentativa de o Benfica marcar um golo; 2º facilidade com que a Académica fez o golo.

1º Tentativa de o Benficar marcar um golo:
O Benfica teve quatro lances de marcar: bola rente ao poste do David Luiz, bola à trave do Aimar, bola ao poste do Cardozo e golo mal anulado ao Aimar. Num dia se sorte, teríamos ganho 4 a 1. Mas estes lances duram cerca de 10 segundos cada um e a pergunta que eu faço é, e o resto dos 89min e 20 segundos? Pois é, durante este período o Benfica foi uma equipa estática, sem movimentações e sem ideias. A sensação que tive no estádio é que os nosso jogadores só corriam quando tinham a bola a 20 cm e com esta no pé, mas eu sempre ouvi dizer que no Futebol é preciso correr mais sem bola do que com bola.

2º Facilidade com que a Académica fez golo: infelizmente o Miguel Vítor cometeu dois erros, o primeiro foi a infelicidade no toque para canto e o segundo foi a falta de marcação.

Análise Individual:
1. Quim: seguro espectador, não teve muito trabalho e quando foi preciso estava seguro entre os postes
14. Maxi Pereira: é impressionante o que este homem se esforça e corre, não sendo explosivo é um jogador eficaz e com cabeça;
27. Sidney: passou o jogo sempre com os olhos cada vez que precisava de cortar um bola ou fazer um passe, também me pareceu um pouco inseguro (nervoso);
28. Miguel Vítor: cometeu dois erros (canto e falha de marcação para o golo), mas, para uma jogador não muito alto, joga muito bem de cabeça e tem um bom sentido de posicionamento;
23. David Luiz: jogador comparado ao Paolo Maldini com um coração/pulmão gigantesco mas parece que lhe falta tempo para pensar, resultando em exibições de pico (o melhor e o pior no mesmo jogo), muito agarrado à bola;
15. Rúben Amorim: parecia que tinha levado uma injecção de sonolência de tão estático que esteve;
24. Carlos Martins: muito interventivo mas o que tem de melhor não conseguiu colocar em campo, a dinâmica que dá à equipa e o bom remate de meia distância;
6. Reyes: perdido no campo, não conseguia imprimir velocidade nem fazer as diagonais;
10. Aimar: esforce por aparecer mas teve sempre muito apagado do jogo;
21. Nuno Gomes: nunca vi o Nuno tão apagado num jogo, nem tocava na bola;
7. Cardozo: muito esforçado, jogou como ponta de lança e segundo ponta de lança;
9. Mantorras: um cabeçada à Baliza;
11. Balboa: um centro;
20. Di Maria: deambulou pelo campo, mas sempre sem capacidade para fazer a diferença.

Conclusão: parece-me que o Benfica está sempre à espera que exista um momento de inspiração de uma das suas estrelas para resolver um jogo em vez de jogar como um todo para marcarem muitos golos. Devem jogar dependentes um dos outros e não dependentes de um. É caso para dizer:

"Um por todos e todos por um"

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